Vivendo em uma realidade bem diferente, André Cícero demonstra o mesmo engajamento. Ele é o idealizador da ONG Águia Dourada que presta assistência a 260 crianças carentes do bairro de Pituaçú.

Ex – educando do projeto Axé, André afirma que passou a se preocupar com o outro depois que viu a importância que um projeto educacional pode ter dentro de uma comunidade. “Minha família também é carente. Eu tenho onze irmãos e minha mãe sempre teve que trabalhar para nos sustentar, um projeto como esse é importante para ajudar na formação dessas crianças”, disse. O Águia Dourado oferece aulas de natação, dança, capoeira e futebol para crianças entre seis e 17 anos, e curso de culinária e confecção de bonecas para seus familiares. O projeto nasceu como um time de futebol, mas tem agora como principal atrativo a banda de percussão que está parada por falta de instrumentos.

A ONG conta com 18 voluntários e é patrocinada pela empresa de cartuchos ERS Suply, que paga o aluguel do espaço, luz, telefone e o salário de uma auxiliar de limpeza. Mas André está à procura de outros parceiros para garantir a alimentação das crianças.

 Segundo o estudante, a entidade que já é cadastrada na Setrads (Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social) há um ano, somente agora vai receber o reconhecimento e por isso não pôde pleitear ajuda junto a outros órgãos ou ao Estado.