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Estrelas do
cursinho |
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Os primeiro cursinhos pré-vestibulares surgiram em Salvador na década de 70 e os professores eram os “âncoras”, os principais chamarizes dos alunos. Professores como Hélio Rocha, fundador do cursinho e agora colégio Integral, chamavam os estudantes para a sala de aula. Na década de 80 até meados dos anos 90, os cursinhos apostaram na afirmação da marca, pouco era falado sobre a equipe e as propagandas eram institucionais. A partir da segunda metade da década de 90, os professores voltaram a ser estrelas dentro e fora da sala. Seus nomes podem ser vistos nos materiais de publicidade dos cursinhos e na frente dos alunos viraram as grandes atrações. “Os professores são estrelas valorizadas e idolatradas. Alguns com ‘fã-clube’ e tudo mais”, brinca Ruy. O que faz dos professores estrelas? Suas aulas cada vez mais movimentadas, cheias de músicas e piadas. No entanto, elas não são unanimidade. “Não sou muito a favor da aula show. Acho que o professor pode fazer uma aula dinâmica, interessante, sem ser espetáculo”, afirma Israel, professor de redação. O que se observa na sala de aula são canções que ajudam o estudante a decorar fórmulas e piadas para aliviar o estresse do vestibular. “O professor tem que ser um show-man, mas acima de tudo deve conhecer o conteúdo. Tem que saber contextualizar, levar a reflexão do estudante. A aula é o centro de tudo”, diz Jorge Portugal. “O profissional show quer trazer o aluno para a aula, pois ele já está desmotivado por ter perdido o vestibular. E no cursinho não há avaliação, cobrança de horário. Você é o seu responsável”, afirma Lucas Rocha, professor de redação e livros. |