A indicação cirúrgica (amigdalectomia) é feita quando há infecções crônicas e repetidas, e quando o paciente possui hipertrofia (crescimento exagerado das glândulas). A hipertrofia provoca a disfagia da garganta (dificultando a passagem do alimento), além do ronco, e entupindo as vias respiratórias de secreção. Para Roseane Bittencourt, a maior parte dos pacientes com esses sintomas acabam sendo operados. “Embora, na maioria das vezes, a indicação cirúrgica seja determinada pelas infecções que reaparecem em um curto espaço de tempo”, explica.

Já o médico otorrinolaringologista Yuri Carvalho diz que para as amidalites crônicas de repetição (que chegam a aparecer de cinco a sete vezes ao ano), são indicadas a cirurgia. Esse procedimento vai aliviar o paciente, já que o órgão está doente. A paciente Gláucia Galrão, 42 anos, conta que decidiu fazer a cirurgia aos 30 anos. “Foi a melhor coisa que fiz. Sofri alguns dias, mas estou livre das inflamações constantes que eu tinha na garganta”.

A pneumologista Ana Claudia de Assis resolveu operar os seus filhos gêmeos, de quatro anos. Os dois tinham amídalas grandes o que fazia com que respirassem pela boca e roncassem. O problema estava prejudicando a arcada dentária. “A escola me chamou informando sobre a falta de atenção deles, isso me preocupou”, relata.