Salvador deu o primeiro passo para se tornar uma cidade referência do design na América Latina. A afirmação é dos parceiros do projeto que pretende especializar mão-de-obra nesta área. Um acordo entre o governo do estado e o Serviço de Apoio à Pequena e Micro Empresa (Sebrae) prevê a liberação de R$ 900 mil destinados à implantação da primeira etapa do Centro de Design da Bahia.

Ele vai ficar sediado no Pelourinho, em um prédio doado pelo governo do Estado. Formado por três núcleos temáticos - moda, movelaria e artesanato - o centro será inaugurado dentro de quatro meses. O Núcleo de Moda vai funcionar no Senai de Dendezeiros e o de Movelaria, no Liceu de Artes e Ofícios. Já o de Artesanato, que contará com três oficinas, terá uma de Cerâmica, em Maragogipinho, outra de Artefatos Minerais, na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), e uma terceira de Fibras Naturais, em Valente, além do Núcleo de Plásticos, que já funciona no Senai-Cimatec, em Salvador. Os valores para fazer cursos ainda não foram divulgados.

A proposta é incentivar os negócios das micro e pequenas empresas do Estado utilizando o design como diferencial dos produtos para se destacar no mercado. "A meta é que o Centro de Design atue como um disseminador e uma estrutura de suporte técnico-operacional, com a oferta de serviços específicos à classe empresarial e aos profissionais do design baiano", afirma Patrícia Orrico, diretora de Negócios e Cooperação Empresarial do Promo - Centro Internacional de Negócios da Bahia, a quem caberá a gestão dos recursos do empreendimento. Os principais beneficiados serão os setores de confecções, tecidos e estamparia, metalurgia, movelaria, jóias e bijuterias, jogos e brinquedos, utensílios domésticos, brindes, cerâmica e azulejaria, iluminação, embalagens e artesanto.

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