A Bahia é o Estado brasileiro onde acontece o maior número de assassinatos com homossexuais, segundo dados da Polícia Civil e do Grupo Gay da Bahia (GGB). Somente este ano foram registrados três casos. Em 2002, morreram 20 homossexuais. Enquanto no Brasil, no mesmo ano, foram mortos 126 gays, lésbicas e travestis. A maioria é queimada, espancada e asfixiada.

No levantamento realizado pelo GGB, as vítimas são classificadas em três categorias: gays ( homossexuais homens ), são os que mais morrem; em seguida os travestis (homossexuais masculinos que se vestem de mulher); e depois as lésbicas ( homossexuais femininos).

“Na maioria das vezes os homossexuais morrem por crimes praticados por pessoas que têm aversão ao homossexual (homofóbicos). Outro fator é a exclusão social que começa pela própria família”, disse o coordenador do Grupo Gay da Bahia (GGB), Oséias Santana.

Já para o chefe do setor de investigação da Delegacia de Homicídios, Odair Carneiro dos Santos, na Bahia os homossexuais não morrem pela sua opção sexual: mas por serem vulneráveis e se envolverem com pessoas “estranhas”, o que geralmente termina em morte.

Em fevereiro deste ano, no município de Feira de Santana (a 108 Km de Salvador - Bahia), o travesti Cristiano de Souza Cruz,19 anos, foi assassinado com dois tiros por um homem que estava numa motocicleta. R.O estava com a vítima no momento, também foi baleado, e alega que foram atacados porque não queriam fazer sexo com os motoqueiros. O caso foi noticiado pelo Jornal A Tarde. A polícia tem conhecimento do caso, mas não soube dá mais informações.

Em maio de 2002, o homossexual, Damião F. dos Santos, 35anos, foi encontrado morto em sua residência. Segundo o GGB, ele morreu por asfixia, sua cabeça estava presa na esquina da cama. O crime foi seguido de roubo e morte (latrocínio). Para a polícia, a vítima faleceu de morte natural.

Conheça outros casos
Leia um pouco sobre o livro Causa mortis: Homofobia de Luis Mott e Marcelo Cerqueira.

Algumas entidades de Salvador como o Grupo de Apoio à Prevenção à Aids (GAPA), Grupo Gay da Bahia (GGB) e Centro de Cidadania e Solidariedade às Orientações Sexuais ( Cecsos) lutam contra a discriminação, realizando passeatas, campanhas, manuais, palestras . Essas instituições, também, orientam os homossexuais. O GGB, por exemplo, possui uma cartilha.

Leia mais sobre o homossexualismo:

www.ggb.org.br
www.luizmott.cjb.net
www.arco-iris.org.com.br
www.resolvido.com.br
www.afirma.inf.br/lutaigualdadesexual

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