Bahia tem 7,8 milhões de excluídos digitais

Ana Rosa Ribeiro

Cerca de 450 mil pessoas entre 15 e 65 anos tem acesso a computador na Bahia. Os excluídos digitais somam 7,8 milhões, um total de 94% da população do Estado. Os dados são do Comitê para Democratização da Informática (CDI). A situação vem sendo encarada pelo governo e por profissionais da área como o maior desafio do milênio, com implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da sociedade moderna. Alguns programas como Capacitação Solidária e o projeto Ação e Vida estão sendo desenvolvidos com o objetivo de minimizar o problema, que deixa a margem milhões de pessoas dos benefícios trazidos pelas tecnologias de informação.

A dificuldade da democratização da informática na Bahia, segundo estudos realizados pelo CDI, se dá à falta de estrutura em telecomunicação, problemas educacionais e, principalmente, ao custo de acesso, que vai desde o preço dos computadores aos custos da tarifa telefônica. “É difícil levar a tecnologia a uma população carente de necessidades básicas, como renda e educação, principalmente”, afirmou Maria Oliveira, coordenadora do CDI na Bahia.

A importância de levar o acesso à informática a maior parte possível da população está sendo discutida em todo Brasil. Para Francisco Gomes e Renan Gonçalves, professores do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, a inclusão digital é fundamental para a melhoria do ensino, criando novas fontes de conhecimento e viabilizando projetos de educação à distância. Aqui em Salvador vários eventos vem sendo promovidos com o objetivo de incentivar e chamar a atenção de empresários, autoridades e até mesmo da própria população para contribuir, doando verba, computadores ou até se candidatando a voluntário de escolas gratuitas espalhadas na cidade.Um desses eventos foi o Dia D de Inclusão Digital, realizado pelo CDI, no dia 23 de março.

 

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