![]() Luta pelo diploma fica sem manifestos em Salvador |
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Renata Maia
O "Dia Nacional de Luta em Defesa da Regulamentação da Profissão de Jornalista", está sendo promovido pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) junto aos sindicatos, que pretendem realizar passeatas, paralisações de redações, entre outras atividades. A data que é de homenagem aos profissionais de imprensa vai ser marcada mais uma vez por manifestos. A luta em defesa da regulamentação da profissão começou em 1918, no I Congresso de jornalistas, quando foi pautada a possibilidade de criar um curso específico de nível superior. Em 1947 foi fundado o primeiro curso de jornalismo no Brasil, da Faculdade Cásper Líbero. O reconhecimento jurídico saiu em 17 de outubro de 1969 no decreto-lei 972, aperfeiçoado depois pelo Decreto n.º 83.284 de 13 de março de 1979. Com a decisão da juíza da 16a Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo, Carla Abrantkoski Rister, publicada no diário oficial do estado, em 10 de janeiro desse ano, o decreto perdeu seu efeito. O que suspende em todo o país a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para exercício da profissão. A Fenaj e a AGU (Advocacia Geral da União), recorreram em 27 de janeiro e aguardam o desenrolar do processo. Formado pela UFBA (Universidade Federal da Bahia), Mateus Ribeiro, assessor de imprensa do IPAC (Instituto do Patrimônio Cultural), não concorda com a liminar da juíza e acha que deve haver a exigência do diploma para consolidar cada vez mais a profissão. “Os mecanismos ficam muito mais representativos quando você tem os profissionais habilitados. Quando cai a exigência, vira um vale tudo ao gosto do patrão”, diz. Com a regulamentação da profissão, a sociedade tem a quem recorrer, pois está sendo criado o Conselho Federal de Jornalismo, além de já existir a Fenaj e ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Próxima de terminar a faculdade a estudante, Amanda Mota, aluna do 7º semestre de Comunicação Social da UFBA, considera a graduação fundamental. “O mercado de trabalho já está difícil, imagine se pessoas sem formação ocuparem a vaga de quem tem”. Já Daniela Lustosa, do 2º semestre de jornalismo da FIB (Faculdade Integrada da Bahia), concorda com Amanda, mas crê que tem muitos profissionais bons trabalhando e não possuem diploma. “Não acho justo ocupar lugar de pessoas que já tem mais de 20 anos de jornalismo, mas também não é justo que quem chegue agora ocupe os lugares das pessoas que estão na faculdade há quatro anos”, comenta. Saiba mais Encontro com ministro do trabalho Conselho Federal de Jornalismo Andamento dos processos pela internet |